Dedos fundidos, como se fossem um só, é a realidade de muitos pacientes com a Síndrome de Apert, que nascem com uma condição chamada sindactilia. Esse termo se refere à fusão dos ossos dos dedos das mãos e pés, frequentemente acompanhada por um desvio do polegar, chamado de clinodactilia.
No caso das mãos de Apert, a fusão é complexa e exige um tratamento cirúrgico especializado. A primeira cirurgia geralmente ocorre entre os 7 e 8 meses de idade, com o objetivo de separar os dedos gradualmente. Esse processo envolve três etapas cirúrgicas, todas planejadas para oferecer a melhor funcionalidade possível às mãos. Já o desvio do polegar costuma ser corrigido entre os 4 e 7 anos, permitindo que as crianças possam segurar objetos e realizar atividades cotidianas com maior autonomia.
Síndrome de Apert: Além das Mãos
A Síndrome de Apert é muito mais do que uma questão estética. Trata-se de uma condição genética rara que impacta várias partes do corpo, especialmente a cabeça, rosto, mãos e pés. Uma das características mais marcantes dessa síndrome é a cranioestenose, uma fusão prematura dos ossos do crânio que impede o crescimento adequado da cabeça, podendo causar pressão intracraniana elevada e comprometer o desenvolvimento cerebral.
Além disso, a anomalia craniofacial associada à Síndrome de Apert também afeta o crescimento da face média, mandíbula e órbitas oculares. Essas alterações podem causar dificuldades respiratórias, problemas de visão e alimentação, e por isso exigem acompanhamento especializado desde os primeiros meses de vida.
No caso da cranioestenose, a cirurgia craniana deve ser realizada nos primeiros anos de vida para permitir o crescimento do cérebro e aliviar a pressão intracraniana.
Os avanços tecnológicos têm sido grandes aliados no tratamento da Síndrome de Apert. Ferramentas modernas, como modelagem 3D, ajudam os médicos a planejar as cirurgias de forma precisa, aumentando as chances de sucesso.
Esses avanços não apenas melhoram os resultados estéticos e funcionais, mas também trazem esperança para as famílias que enfrentam os desafios dessa condição. A cada nova técnica, mais crianças conseguem alcançar uma maior qualidade de vida e independência.
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